quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Sobre a opinião alheia, alimentação e porcos caídos no meio da rua



Não tem muito tempo que eu decidi mudar a minha alimentação e parar de comer carne, não me considero vegetariana porque eu ainda estou aprendendo a lidar com a situação, tô me considerando consciente sobre o que eu coloco no meu prato. Bem consciente, na verdade. A carne, em si, eu eliminei, mas ainda como derivados de ovo e leite. Sei que o indivíduo que faz essa escolha também tem um nome, só que não quero rotular ninguém. Só quero comer bem e conviver com as minhas escolhas.

Então, nesses três meses de prato consciente eu pesquisei bastante sobre o assunto, li muito na internet, conversei com pessoas que estão nessa a anos, vi receitas sensacionais no Facebook, canais interessantíssimos no Youtube, mas não me manifestei em nenhum deles, exceto uma curtida aqui e ali, pois ainda não tenho base pra falar do assunto. Tô aprendendo. Saboreando. Aproveitando a novidade. E eu sou da opinião de que quem não tem o que falar é melhor ficar quieto, não no sentido de se calar e aceitar tudo, no sentido de ter propriedade sobre o que está falando.

E entre tanta coisa bonita compartilhada, tanto amor, sabe? Tem também uma tonelada de discurso de ódio. Semana passada ficou em evidência em todas as redes sociais o caso do carreta cheia de porcos, que iam pro abate, e acabou tombando na pista, não foi a primeira vez que isso aconteceu, não vai ser a última e também não sei como tomou uma proporção tão grande e todo mundo ficou sabendo (Internet?!). Eis que no meio de tudo, surgiram ativistas pra ajudar a salvar os animais e não mandá-los mais para o abatedouro. Pronto, era só o que faltava pra raiva ser instaurada. Eu li um tanto de comentário do tipo "Ah, mas eram pra comer mesmo...", "Quero ver ajudar crianças passando fome", "É só bacon...". Discurso bem de irmão mais novo, que quer só irritar e fica falando asneiras.

Vamos abrir a mente só um pouquinho? Não vai doer! Aposto que metade das pessoas que escreveu sobre ajudar crianças e necessitados não ajuda nem a própria mãe, e quando eu digo isso, falo sobre lavar uma louça ou arrumar a cama. Nada muito significativo, mas que faz uma diferença enorme dentro de casa.

Sou só eu que acredito que todo mundo pode acreditar no que quiser e ajudar no que quiser também? Tá me incomodando a fome de alguém? Vou lá e ajudo. O que me incomoda e gente com frio? Posso ajudar também. Onde está escrito que animais não merecem ajuda, piedade ou sei lá o que... Me mostra!

Não tô querendo que ninguém vire vegetariano,  o que eu quero dizer com tudo isso é que são vidas, independente de você acreditar que é ou não para comer e o respeito precisa prevalecer em todas as situações.

2 comentários:

  1. Gostei muito de ler isso. Estou em processo de parar de comer carne há algum tempo e tbm estou muito mais consciente do qeu como.
    Ouvi do meu pai que ele achou um absurdo arrecadarem tanto dinheiro assim pros animais enquanto tem criança passando fome. Mas, enfim.
    Tô gostando demais de ver textos sobre isso e mais gente falando sobre ser vegetariano, coisa e tal. Sinto que algo está começando a mudar de verdade.

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    1. É de pouquinho que vem a mudança, né? Ainda bem?
      Aqui em casa minha mãe veio me mostrar a matéria quando ela viu. Achei fofo. Apesar de comerem carne eles super respeitam minha opinião e o que eu abraço. Fico feliz. :)

      Bjs

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